A comunicação a serviço do advogado
- Dr. Ernesto C. Junior.
- 1 de mai. de 2015
- 3 min de leitura
[JURÍDICO]
Ser - ter – mostrar //
Imagem – postura – semblante – atos //
Advogar é dominar a arte da persuasão //
O modo de falar e de escrever //
Advogar é ter pela frente outro advogado
“O melhor preparado” - terá mais vitorias
Considerando-a no seu sentido amplo, a Arte da Comunicação é o meio pelo qual o advogado deve exercitar a sua atividade profissional, dando forma, vida e colorido ao arcabouço jurídico dos postulados que regem e condicionam a conduta humana. Dominar, entender e saber usar a nossa jurisprudência.
"O Direito é frio se não revestido da arte da Comunicação."
Isso posto e admitido como premissa, vamos procurar desenvolver a nossa tese a partir de alguns quesitos inerentes à ação investigatória do advogado na causa em andamento e que, ao final, permitam vir à luz a exposição inteligente da verdade dos fatos. Conhecer e enfatizar, no momento oportuno, a lei e a jurisprudência pertinentes ao caso concreto. A redação com teor abordando a lei em seu amplo sentido, alimentada de jurisprudência, em uma escrita limpa, objetiva e substanciosa.
Exercer poder de persuasão, quando necessário, através de vibrantes e firmes argumentos, escritos ou falados, na defesa de seu cliente com muita propriedade e clareza, nunca se distanciando da verdade dos fatos e sim, temperando-a. Escrever e interpretar o conteúdo do escrito, a interpretação dá vida ao propósito, fazê-lo com propriedade e clareza, nunca se distanciando da verdade dos fatos, mas usar todos os atributos que colaboram com o propósito.
Utilizar-se dos recursos: aparência pessoal, timbre, tonalidade e inflexão da voz, arte cênica através de uma expressão corporal discreta, quer no contato direto com o cliente, quer na defesa de seus interesses no curso do processo em sessão pública. Ousar no propósito, quando este estiver dominado certamente trará benefícios.
Uma visão genérica sobre a arte da Comunicação presente a todos os atos do homem, tido como membro de uma sociedade atuante e dinâmica.
Tão importante quanto o ter, ou ser, o que acima foi recomendado é saber distinguir, quando e o quanto, o nosso oponente usa da mesma recomendação, pois é desta forma que saberemos como deveremos enfrentá-lo. Claro que o que mais se deseja é a justiça verdadeira, aquela que merece ser aplicada a Lei sem questionamento. Porem, os predicados acima são pertinentes ao bom advogado e já contrariaram muitos julgamentos - Que se registre, onde houve uma injustiça ou a realidade não saiu vitoriosa, houve também um Causídico que soube usar do seu poder de persuasão, prováveis citações em latim, etc. Exercer um domínio “conveniente” da jurisprudência, ela deverá ser citada e decantada de acordo com os interesses para se obter êxito e isso só ocorre com uma interpretação fantástica de comunicação pessoal (gestos, dicção, timbre, tonalidade, expressão facial e corporal).
Todo processo interpretativo tem de ser apresentado com clareza e arte-cênica (dramatização), como se fossemos concorrer ao “Oscar”. Um bom advogado consegue manipular imagens e emoções, o foro não é um palco, mas exige um ator, não menor que os desafios que o aguardam. É daquilo, e da forma, que um advogado fala e escreve o resultado (o veredicto) de uma ação. Não existe jurisprudência sem ser escrita. A Lei é escrita. Os direitos e deveres são escritos e fazem parte da Lei. Não existe Lei “verbal” toda ela é escrita e promove a justiça, é ela quem zela dos nossos direitos e obrigações; dentro do nosso idioma e País existe uma Lei Nacional; no Exterior uma Lei Internacional. Você já imaginou se ela não fosse escrita?
Quando existe uma sentença e todo processo tem sentença, ela tem o seu início de forma verbal com o pronunciamento por parte de quem julga e se consolida de forma escrita. Isto posto de forma incontestável podemos afirmar que todas as ramificações do “DIREITO” é usado, interpretado e vivido em torno da COMUNICAÇÃO.
Quando o processo comunicativo é bom, de fácil decodificação o ganho de causa é uma conseqüência. Examinemos os grandes “nomes” os grandes “juristas” seu nome e o seu conhecimento promovem sensivelmente no resultado por antecipação, Ele advogado é uma garantia do resultado. “Crie fama e deite na cama” - Alguns Causídicos vivem hoje somente de seus “pareceres”, sabem o que os fez serem distinguidos como “mitos”?
Foi com certeza a forma do seu trabalho: o domínio total da jurisprudência, o volume de causas ganhas, exemplos e resultados anteriores dos julgamentos convenientes à sua causa, o domínio do vernáculo da língua portuguesa, somado a um grande poder de oratória e comunicação verbal (este “plus” é o que faz a diferença).
Não basta ser advogado é preciso viver e interpretar a forma de sê-lo. Os livros trazem as leis, a interpretação e entendimento “delas” é individual e questionável, este discutir colabora, em muito, nos resultados, (Na dúbia pró réu)

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